FIRE fora do Brasil: Prós e Contras

Pelas pesquisas feitas aqui no AA40, percebemos que a uma boa parte da firesfera tem planos concretos ou desejo grande de morar fora do Brasil para atingir FIRE mais rapidamente ou ainda após atingirem a IF e/ou a RE para curtir um lugar melhor ou mais barato para seu dinheiro durar e fazer mais.

Acontece que o brasileiro, por natureza, (existem exceções) não é organizado e preocupado com regras e leis. Ele costuma fazer as malas e mudar sem saber quase nada sobre as regras e a cultura do país destino, muitas vezes sem saber nem mesmo a língua.
Por exemplo, existe uma história famosa que realmente aconteceu: “Dois rapazes brasileiros resolveram ir para Miami porque queriam morar nos Estados Unidos. Ao chegarem já visando ficar de forma ilegal (entrar com visto de turista para ficar lá além do prazo), alugaram dois carros altamente potentes e saíram em alta velocidade pelas ruas. Foram detidos, levados à frente de um juiz, tiveram de pagar uma multa em dinheiro e o juiz ainda determinou que fossem escoltados de volta ao aeroporto para serem enviados de volta ao Brasil, proibindo a entrada deles em território americano por dez anos, por serem nocivos ao Estado. Não ficaram nem 12 horas em solo americano além de gerar um péssimo precedente para o Brasil”. (fonte: reportagem)

A comunidade FIRE, por outro lado, é conhecida por ser ótima no planejamento e atenta as regras e leis, mas sempre é importante ressaltar os prós e contras de largar tudo e mudar para outro país e começar do zero, principalmente quando chegamos a esta tão aguardada etapa da vida que seria de paz e tranquilidade financeira para curtir e não se aborrecer com as burocracias que uma mudança desta magnitude sem dúvidas trará.

Vamos analisar brevemente abaixo os principais prós e contras de migrar para outro país seja para acumular mais dinheiro para atingir FIRE ou para curtir seus anos FIRE fora do Brasil:

 

::::::::::::::Prós:::::::::::::::

  • Segurança

Este talvez seja o maior motivador das pessoas que querem viver longe do Brasil. A insegurança pública em que vivemos. Ultimamente ainda temos a onda de assaltos visando roubos via PIX. O Podcast do SrIF365 tratou disto, escute aqui.

Sem dúvida, em grandes centros urbanos até mesmo fora das capitais ultimamente, a sensação de insegurança só cresce e migrar para um país com segurança de verdade é sim uma opção que muitos consideram. Segurança é geralmente citada como o primeiro motivador de uma mudança de país.

 

  • Infraestrutura

Outro motivo que faz muitos brasileiros querem mudar daqui é a péssima relação entre impostos pagos e retorno em infraestrutura e serviços.
Estradas em péssimas condições e aeroportos sem estrutura adequada (melhorou um pouco depois da copa), saneamento, serviço de saúde pública, e muitos outros problemas podem ser citados e fazem com que muitos queiram experimentar viver em países onde tudo isto funciona e o retorno dos impostos pagos é mais justa e mais visível no dia a dia e não só através de notícias sobre corrupção. 

  • Oportunidades e Desafios

Sem dúvidas, mudar permanentemente para outro país é um grande desafio e também uma grande oportunidade de aprender coisas novas, língua, cultura, fazer novos amigos e viajar mais facilmente dependendo de qual for sua escolha.
Se você for uma daquelas pessoas que após atingir FIRE ainda tiver energia e vontade de encarar desafios novos, sem dúvida pode ser algo tão positivo quanto desafiador.

:::::::::::Contras:::::::::::::

  • Investimentos, Burocracia e Impostos:

Lendo posts e comentários na blogosfera você se depara com uma quantidade incrível de pessoas que estão morando fora e não fizeram a declaração de saída definitiva junto a Receita Federal e/ou que ainda mantém conta e investimentos em bancos e corretoras no Brasil, indo contra as normas do Banco Central que indica que você precisa comunicar as instituições sobre sua saída do país, e é claro, nenhuma delas vai querer manter sua conta aberto, salvo raras e caras exceções

Isto é um dos principais contras de morar fora. Você praticamente perde o acesso a um dos melhores mercados de renda fixa do mundo, onde pode-se obter rendimentos até superiores a renda variável da muitos dos países desenvolvidos. Claro que você pode abrir uma conta 473 de investidor não residente mas os custos são quase proibitivos.

Conta corrente para não residente: por que é tão difícil abrir uma?

Segundo o levantamento elaborado pelo blog acima de Vinícius Tersi Advocacia, escritório especializado em Consultoria Tributária Internacional, em 2020 temos em relação a abertura de conta CDE e 473 para não residentes:

  • Bradesco: desde julho de 2019, o Bradesco parou de oferecer os serviços de abertura de CDE;
  • Itaú: o banco atende somente no segmento Personalité, e divulga um custo de manutenção de R$ 1.000,00 (um mil reais) por mês, além de outras tarifas;
  • Santander: cobra os valores normais da tabela utilizada em suas operações, com exceção das seguintes: uma taxa de abertura da conta de R$ 1.000,00 (um mil reais), e uma taxa de movimentação para valores iguais ou acima de R$ 10.000,00 (dez mil reais) no valor de R$ 800,00 (oitocentos reais);
  • Banco do Brasil: diz não abrir a conta;
  • Caixa Econômica Federal: diz não abrir a conta;
  • BTG Pactual: diz que cobra R$ 1.000,00 (um mil reais) de taxa de manutenção mensal, e exige aplicação de pelo menos R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) em investimentos financeiros;
  • Banco Safra: abria contas de não residente até a metade de 2017, aproximadamente. Hoje não aceita mais abrir esse tipo de conta;
  • Banco Rendimento: normalmente, não abre contas de não residente, mas está aberto a discussões, especialmente se o cliente for realizar operações de câmbio;
  • Banco Modal: taxa de manutenção mensal de R$ 1.000,00 a R$ 1.500,00 (um mil a um mil e quinhentos reais), com investimento mínimo de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);
  • Banco Bonsucesso: diz não cobrar taxa de manutenção, mas exige investimento mínimo de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);
  • Banco Paulista: abrem somente para investidores no mercado financeiro e de capitais (conta de investidor 4373), de quem cobram taxa de representação e custódia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por mês.

Um dos nossos últimos estudos de caso trouxe a tona uma discussão ampla nos comentários sobre os problemas com Receita Federal e para manter uma conta investimento aberta no Brasil. Gostaríamos de trazer essa discussão para os comentários deste post. Além disso, este post do blog “Diário do Casal 20” traz o relato de alguém que consultou oficialmente a Receita Federal s os bancos sobre o que fazer ao sair do Brasil para ficar em situação regular – confira.

Além disso, as leis tributárias e financeiras do país de destino podem ser ainda mais difíceis de entender. Veja o caso dos EUA que já publicamos aqui. Existem mais de 100 formulários que podem ser aplicados a uma pessoa física e o contribuinte é responsável por identificar os que se aplicam a ele bem como preencher e recolher os impostos corretamente sob pena de multas elevadíssimas. 

Para os casos onde o Brasil não possui acordo para evitar a bitributação de renda, os recebidos são taxados tanto no país de residência quanto no Brasil caso não sejam seguidas as normas de saída do país determinadas pela Receita Federal

(2020) Vivendo no Brasil e em outro País: Dupla Residência Fiscal, Acordos Brasileiros e Reciprocidade

  • Moedas e FX

Outro grande ponto é a variação cambial. Mantendo dinheiro no Brasil e morando no exterior você estará sujeito as oscilações do mercado de câmbio, hora a seu favor, hora contra.

Um simples evento como foi o caso do Joesley Day em 2017 pode levar o real a se desvalorizar muito em um pequeno espaço de tempo. Se você mantém o capital no Brasil você será diretamente afetado.

Levando todo seu capital para o país de residência melhora a situação mas não totalmente por que no momento de levar o dinheiro você vai fixar uma taxa de câmbio que pode não ser a mais vantajosa para você e as TAXAS para a conversão sempre vão levar parte do seu capital. 

  • Clima, Cultura e Língua

Poucos pensam na questão da diferença de cultura entre os países. Viver no Brasil é muito bom por vários motivos: Clima, praticamente não existem desastres naturais, povo alegre, praias, liberdade etc.

Muitos outros países não são assim. O povo pode ser muito fechado ou até discriminar imigrantes, liberdade parcialmente cerceada, custo de vida alto, clima muito frio, desastres naturais como terremotos e furacões, etc.

Outro ponto importante é a língua. Português é uma língua não muito comum no mundo e poucos países o falam. Mesmo em Portugal as vezes é difícil entender o português do povo de lá. É preciso considerar a língua do país de destino e o quão fluente você é nela, já que ao imigrar praticamente você nasce novamente e é preciso obter desde documento de identidade, passando por carteira de motorista, Vistos, autorizações de trabalho e muitos outros. 

Pense bem se vai querer passar por todo este estresse após conseguir finalmente atingir a independência financeira.
[Um a cada quatro imóveis vendidos em Portugal em 2017 foram para brasileiros]

  • Viagens e Custos adicionais
Quando moramos em um outro país, quase sempre deixamos familiares e amigos no Brasil. Certamente você vai querer visitá-los esporadicamente.

É preciso fatorar estes custos adicionais em passagens, renovação de passaporte, estadia, transporte, etc que muitos não consideram nos seus planos FIRE fora do Brasil.

Muitos países também não possuem sistema público de saúde, sem um dos principais custos adicionais que farão com que seu custo de vida aumente consideravelmente, ainda mais em caso de um infortuito problema de saúde mais sério.

  • Família, Saudades

Algumas pessoas conseguem lidar com isto muito bem, mas outras tantas não gostam de largar tudo e viver longe das pessoas que gostam como pai, mãe, sogros, tios, avós, amigos, etc. É necessário se conhecer para então poder decidir se realmente consegue viver meses ou anos longe das pessoas que gosta e que talvez não poderão te visitar com a frequência desejada.
Além disso a culinária é outro item citado com frequência como sendo um problema. Vários países possuem uma gastronomia típica muito diferente da brasileira e pode ser um problema encontrar produtos ou comidas que se assemelhem com a nossa.

  • Outros

Queremos ouvir de vocês leitores que outros fatores prós e contra querem adicionar a lista. Comentem abaixo:

 

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34 thoughts on “FIRE fora do Brasil: Prós e Contras

  1. Não entendi, não posso morar fora do Brasil e investir aqui? Isso é insano!

    Em caso de intercâmbio, tenho que comunicar que estou morando fora?

    Quais as penalidades de morar fora e não comunicar à Receita?

    1. Do método tradicional não pode. Para poder investir no Brasil como não residente precisa consistir tudo o que esta resoluçào determina
      https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/48650/Res_4373_v1_O.pdf
      O que nenhuma corretora hoje faz nem a maioria dos bancos. Unico que faz que sabemos é o Safra e o Santander a preço de ouro.

      Penalidade de não comunicar a receita é que vc precisa continuar declarando IRPF e pagando o imposto no Brasil do dinheiro que receber no exterior. Se nao tiver acordo de bitributacao precisará pagar duas vezes (no pais de residencia e no Brasil).
      Intercambio não é saída definitiva do país então não aplicaria a regra acho eu.

  2. AA40, concordo com suas palavras. Acrescento aqui que o fato de deixar a família, principalmente quando se tem pais idosos, é um fator complicador.

    E mesmo na ausência dessa situação, uma saída é viajar constantemente o mundo, mantendo seu dinheiro aplicado no Brasil, sem mudanças de status quo. Vc poderia viajar por um, dois, três anos, depois voltaria (talvez nas eleições), mostraria ao Estado que está tudo em ordem e cairia depois novamente no mundo rsrs.

    Fiz isso por 7 meses e o custo é menor do que morar por aqui. Vale a pena e pode ser uma ideia de futuro a ser colocado em prática daqui uns anos…

    Abraço!

    1. Boa André. Este é meu plano também. Bem menos traumático e mais flexível do que mudar do Brasil para sempre ! Por onde passou nestes 7 meses?

  3. porra ninguém está falando da guerra fria da coréia e EUA ? se acontecer essa merda de terceira guerra mundial os papéis de todo mundo vão derreter e o mundo ficará inabitável em sua maior parte!!!!!!! Ninguém está falando em investimentos que protegem a renda como terra rurais e comodities como ouro ?

    1. Calma Anon. Provavelmente as pessoas estavam pensando exatamente o mesmo no inicio da 1ra e da 2nda guerra mundial, bomba de Hiroshima, guerra fria, 11 de setembro e mesmo assim o mundo não acabou. Se fossemos nos preparar para isso toda vez que uma ameaça acontecer não vamos investir e vamos ficar com a cabeça enfiada na terra como um avestruz ! Terras e ouro sao investimentos interessantes sim para parte da carteira de alguém mais conservador.

  4. Excelente post AA40! Gostaria de apontar que existe também a opção de mudar para um país com custo de vida menor que o Brasil. É assim que a geo arbitragem deve funcionar. Somos o país mais caro da América Latina, por exemplo.

  5. AA40 eu não penso em usufruir de minha IF em outras terras não. Como você bem fala, nosso país é imenso e há lugares pacíficos para se viver.

    Provavelmente, se a renda permitir, tentarei fazer igual o André postou acima rs

    1. Legal II. Tenho muita fé realmente que um dia o Brasil vai ser ao menos mais seguro para vivermos. Estava lendo sobre a Nova Iorque dos anos 70 e 80 e não era muito diferente do RJ de hoje e eles conseguiram mudar isso. Mas enquanto isso não acontece, temos que selecionar bons lugares para usufruir por aqui mesmo.
      Plano do André é excelente e creio que muitos FIREes farão isto.

  6. Viver temporariamente em varias partes do mundo é muito legal se vc nao tem filhos, que precisam de escola e um certo circulo social estável pra se desenvolverem (minha opinião). Pensei que quem mora no exterior podia ter conta em corretora. Vejo isso como uma grande desvantagem. Único jeito é voltar pra cá uma vez por ano pra manter a residência e escolher um país mais barato como Argentina ou Chile por exemplo. O assunto tem mais a ver com esse pessimismo que nos assola nos últimos anos do que com a cultura FIRE por si. Food for thought.

    1. Concordo. Há um pessimismo exagerado com o Brasil. Tá que passamos por uma crise e a violência só aumenta, mas isso nunca foi muito diferente. A essência não mudou nem vai mudar tão cedo, então melhor acostumar e sair dos grandes centros e voltar para o interior, um movimento que eu gostaria de ver mais.

    1. Não, assim que fiz a comunicação diz nela que não precisa mais entregar a Dirf. To pagando aqui nos EUA quando vendo algum ativo no brasil porém pra evitar qualquer margem pra questionamentos. Faço certo?

    2. Faz sentido pra mim. Como residente fiscal dos EUA, vc paga pro governo americano imposto em cima da sua renda no mundo inteiro. Se nao fizesse a saída definitiva continuaria residente fiscal do brasil tendo que pagar pro Temer imposto em cima de sua renda no mundo inteiro.

    3. Infelizmente há muita desinformação em relação a isso. Quando mudamos, agendamos uma conversa com o gerente do nosso banco. Informamos que realizaríamos a declaração de saída definitiva. Ele nos informou que não havia problemas em manter a conta e até nos orientou para renovarmos os cartões de crédito antes do vencimento para já estarem válido por mais tempo.
      Mais de três anos depois, quando entramos em contato com o gerente para esclarecer uma dúvida sobre transferência de recursos, ele solicitou atualização cadastral e fomos surpreendidos pela informação de que não poderíamos manter a conta corrente no Brasil. Decidimos contratar um escritório de contabilidade com experiência de trabalho com brasileiros residentes no exterior. O que eles nos informaram é que é super comum esse tipo de situação, pois muitos funcionários nas instituições bancárias não estão informados a respeito. Todos os anos atendem um número de caso de brasileiros na mesma situação. Além disso, a nossa ida ao exterior ocorreu em meio a mudança de regras no setor bancário brasileiro.
      Como somos um casal, decidimos manter um com domicílio fiscal no Brasil e outro não. Mas ai precisa avaliar a situação de trabalho e de rendimentos de cada um para ver o que compensa mais.

  7. AA40,

    Tem muito lugar para conhecer por aí. Nem precisa viver a vida toda em um lugar fixo. Pretendo manter meu apartamento no Brasil para passar uns 3 meses por ano por aqui visitando parentes e amigos. O Brasil será mais um destino onde passarei alguns meses do ano.

  8. Importante destacar uma questao importante daquele excelente post do blog Casal 20:

    **Que nao adianta fazer a Saida Definitiva e, ainda, NAO informar o seu banco ou a sua corretora que vai ficar nao residente**

    Na Comunicaçao, voce precisa listar todas as suas contas financeiras, entao a Receita ja ta bem informada, e vai informar (eventualmente) as instituiçoes….

    Nao sei se existem penalidades pelas autoridades por este tipo de irregularidade (alem de cobrar impostos se as aliquotas fossem menores), mas, com certeza a sua instituiçao vai encerrar a conta sem necessidade de aviso previo, ao receber tal comunicaçao da Receita, enquanto voce ta bem longe, sem saber, tal vez por meses….

    1. Apenas para esclarecer o post anterior, que nao ficou claro: Recomenda-se seguir as normas do BC e da RF e declarar/comunicar a tal Saida Definitiva. No entanto, ao fazer isso, NAO existe a opçao de esconder o fato dos nossos bancos/corretoras – que vao saber desta condiçao direto da RF.

    2. ou seja, ao declarar a saida definitiva e manter as contas corre-se o risco de te-las encerradas de uma hora pra outra ? Brasil: ame-o ou deixe-o.

  9. Primeiramente acho que isso não é verdade. QUando fiz a saída em 2014 não precisei fornecer conta nenhuma na declaracao de saída, bastou preencher um forumulario bem simples e só era pra informar se tinha fontes pagadoras como aluguel q nao tinha.
    Até hoje tenho minhas contas e não foram fechadas.
    Se forem um dia, nao vou perder meu dinheiro, eles vao entrar em contato pra transferir pra outro lugar ou pra baixo do colchao.

    1. Segundo a fonte mencionada no texto do AA40 acima, aquele blog post do "Diario do Casal 20," foi a Comunicaçao – e nao a Declaraçao – da Saida Definitiva que solicitou aquelas informaçoes.

      Claro, depende da instituiçao a reaçao dela.

      Apenas menciono este risco *potencial* para quem nao viu nos Comentarios justamente aqui mesmo a semana passada em outro post.

      Na pratica, o encerramento poderia ou nao acontecer. Por isso dependeremos das informaçoes no blogosphere para saber se deveriamos realmente nos preocupar com o risco ou nao, como gerencia-lo, etc.

  10. Desta forma, a IN 1.732 esclarece que o ganho de capital dos investidores não residentes, na alienação de bens e direitos do ativo não circulante, localizados no Brasil, deve estar sujeito ao IRRF com base nas alíquotas progressivas conforme abaixo:

    15% sobre a parcela dos ganhos que não ultrapassar R$ 5 milhões;
    17,5% sobre a parcela dos ganhos que exceder R$ 5 milhões e não ultrapassar R$ 10 milhões;
    20% sobre a parcela dos ganhos que exceder R$ 10 milhões e não ultrapassar R$ 30 milhões; e
    22,5% sobre a parcela dos ganhos que ultrapassar R$ 30 milhões.
    A alíquota aplicável até 31 de dezembro de 2016 era 15% e as alíquotas

  11. O ideal é morar fora num pais que tenha acordo de bitributação, como Portugal e Espanha, por exemplo, mas existem vários outros. Assim, vc poderá ter dupla residência fiscal e pagará os impostos devidos das rendas geradas em cada pais, sem pagar duas vezes e você poderá manter todos os investimentos no Brasil se desejar.

    1. Verdade Rodrigo. Este é um ótimo ponto que frequentemente esquecemos. A tal da bi-tributação é uma coisa que dá muita dor de cabeça e dor no bolso de muita gente que não planeja antes de sair do Brasil.
      Ótima dica.
      Abcs AA40

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