Apenas 8% dos brasileiros investiram em 2018; destes, 88% em poupança !

Maioria dos brasileiros quer investir, mas diz que não consegue por falta de dinheiro“.

Este é o título do Informativo Anbima de Abril 2019 que acaba de ser publicado.  

A pesquisa que traça hábitos de poupança mostra que apenas 8% das pessoas aplicaram em produtos financeiros no ano passado.  

No começo de 2018, 56% dos brasileiros declararam interesse em investir em produtos financeiros até o final do ano.

No entanto, chegando em 2019, os números mostraram que a expectativa não correspondeu à realidade: apenas 25% da população conseguiu investir no período. Entre os que escolheram produtos financeiros, a parcela é ainda menor: 8%. Esse é um dos resultados da segunda edição da pesquisa Raio X do investidor brasileiro.

O levantamento, feito anualmente com apoio do Datafolha, acompanha os hábitos, motivações e preocupações dos brasileiros quando o assunto é dinheiro:

O mercado financeiro não é popular. A poupança sim

Percebe-se que além da baixa taxa de investimentos, o levantamento evidencia uma noção errada que o povo tem sobre o que é ou não é uma aplicação financeira. Quando questionados se ao longo de 2018 realizaram algum investimento, 25% dos entrevistados disseram que sim. No entanto, ao detalhar o destino desses recursos, 17% relataram aportes em bens duráveis, como carros e imóveis, reformas residenciais e até a abertura de uma pequena empresa.  

Além de mostrar que o mercado financeiro ainda está longe da massa popular, o estudo mostrou que entre os 8% que efetivamente destinaram recursos para produtos do mercado financeiro o fizeram com muito pouca diversificação. Dos entrevistados que investiram, 88% optaram pela caderneta de poupança como opção de investimento, um produto que, no ano passado, acumulou retorno de 4,55% ao ano, praticamente empatando com a inflação.

Segundo o FMI, o Brasil tem a segunda pior taxa de poupança da America do Sul (14,6%), atras apenas da Venezuela (13.1%). O campeão é o Equador (24,7%) seguido pelo Paraguai (22,6%).Confira o estudo completo em PDF neste link 

E você,  o que achou da pesquisa? Que tipos de investimento tem feito e quais os motivos principais que o levaram a investir menos do que o desejado nos últimos tempos? Comente abaixo


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33 thoughts on “Apenas 8% dos brasileiros investiram em 2018; destes, 88% em poupança !

  1. RF está morta a verdade é essa. Serve apenas para proteção de patrimônio e olhe lá e ainda tem em seus melhores produtos períodos de carência geralmente longos, o que praticamente inviabiliza seu uso por parte dos pequenos investidores.
    Os pequenos investidores são mais suscetíveis a imprevistos e liquidez se torna algo muito importante.
    Imóveis e reformas do mesmos podem sim ser considerados investimento, com rendimento que pode ainda ser bem superior a renda fixa, mas lógico, isso depende de vários fatores e conhecimento do investidor sobre o ramo.
    Abertura de uma empresa MEI principalmente por ser mais fácil e acessível também pode trazer retornos reais bem maiores que RF.

    Acho o percentual de pessoas que a pesquisa mostra terem conseguido investir muito pequeno, mas num país onde a renda média é algo em torno de 2k é até compreensível, renda baixa num país caro tende a produzir isso mesmo.
    Fora o fato de boa parte da população simplesmente não se interessar por isso.

    1. Discordo que RF está morta (se nem nos EUA está morta com juros abaixo de 2.5%aa), está apenas passando por uma fase de baixa como aconteceu com a bolsa até 2016. Isto é parte do ciclo econômico. Quem comprou NTN-B pagando >6%+IPCA está muito bem obrigado hoje.
      Numa eventual não aprovação da reforma da previdencia poderemos ver dias de ouro para investir em RF novamente.
      Cada tipo de investimento tem seu momento e é preciso o investidor se atentar a isso e ter recursos de reserva para aproveitar.
      Quanto ao restante, concordo com vc. Abcs

  2. O povo mal tem educação básica, quanto mais financeira. Os americanos tem a cultura de investir em ações:

    "Em termos de demografia temos uma composição bem diversificada com uma parcela relevante de americanos acima dos 30 anos que investem em ações – em média 70% dos indivíduos com mais de 30 anos investem em ações. Obviamente os indivíduos de maior renda (acima de US$ 75 mil ano) são os que concentram a maior parcela da população que investe, assim como pessoas casadas e com maior escolaridade. Os números impressionam, com 89% das pessoas com renda acima de US$ 100 mil anuais investindo em ações." LINK: http://bugg.com.br/2018/09/20/como-os-americanos-investem/

    1. Sim porém a maioria dos americanos nem sabem que investem em ações, isso por que aqui existe o 401k, plano de previdência do tipo capitalização que o Bolso queria fazer no Brasil. A maioria das empresas oferecem isso com alguma contrapartida em relação a quanto o empregado adicionar pre-tax.
      Para aumentar este número no Brasil seria muito importante termos uma previdência do tipo capitalização também.

  3. O que achas da seguinte subdvisão de investimentos em fundos?

    x% para a Aposentadoria
    x% para a Montagem de Uma Empresa
    x% para uma possível Imigração
    x% para a aquisição de Casa – a ser adquirido depois dos 30 anos
    x% para a aquisição de Carro – a ser adquirido após os 25 anos
    x% para o Intercâmbio – seria extinto após a faculdade
    x% para Viagens

    Claro que essa divisão aconteceria junto com as Despesas, Reserva de Emergência e Plano de Saúde. É uma forma de dividir os investimentos em fundos para saber onde seria destinada cada parte do dinheiro. Os valores seriam variáveis pois oscilaria junto com o salário, a partir dos 18 anos

    Daria certo?

    1. Dificil dizer anon sem saber de sua história, planos, renda, despesas, etc mas todo plano é melhor que plano nenhum.
      Vejo uma certa contradição entre estes dois:
      x% para a Montagem de Uma Empresa
      x% para uma possível Imigração
      Ou monta uma empresa ou sair do Brasil, já os dois fica um tanto estranho, mas novamente, sem saber de seus planos em detalhes fica difícil opinar.
      Eu mesmo tenho um fundo de viagens e a carteira FIRE que recebe a maior parte dos recursos.

    2. Não, a empresa seria montada fora do Brasil.
      A imigração é para custear processos burocráticos.
      Pretendo imigrar como investidor.

    3. Entendi. O valor mínimo para visto EB-5 de investidor está em 500 mil dolares e Trump quer aumentar. Se seu plano é este tem mais é que tentar mesmo, quem sabe enviar dinheiro ao exterior aos poucos pois nunca se sabe a cotacao que vai estar amanha. Boa sorte. Abcs

    4. Este plano é de longo prazo (no mínimo 12 anos), mas até meados de 2030 pretendo já estar morando e empreendendo em um país desenvolvido. Melhor começar desde já e aos poucos.

      Os EUA são o objetivo, mas, caso suja outro país mais atraente, poderia mudar de trajeto. Reino Unido, Austrália, Canadá vem depois, mas são mais caros e talvez desandem mais no futuro (Austrália principalmente),

      No caso, pretendo começar a investir em países de economia mais certeira, deixaria no Brasil apenas as reservas de emergência e esses temporários (viagens, intercâmbio).

      Dará certo sim, é só estabelecer uma proporção direta e crescente entre salário e aportes.

  4. Olá Aposente-se Aos 40.

    O que você acha do bacharelado em Enfermagem!? Tem concursos sempre, que pagam bem (4-6k), países desenvolvidos têm alta demanda de enfermeiros e além disso, vi que o enfermeiro pode montar clínicas, e em cidades pequenas, esse negócio poderia dar muitos lucros. Eu poderia alinhar empreendedorismo com algo que já é bem estável (concursos), porém eu não me adaptativa trabalhando em hospitais públicos, a clínica seria melhor.

    É bem menos concorrido que medicina e estou pensando em dar uma chance a ela.

    1. Cara… se vai investir, investe tudo o que for possível. A barreira de entrada em Enfermagem é bem menor, então o risco de você não ter o retorno esperado após os 5 anos de curso (só 1 a menos que o de medicina) é muito grande. Voce vai acaber ficando frustrado.

      Se seu objetivo é montar clínicas em cidades pequenas você não precisa se preocupar: é só montar uma e contratar enfermeiros para trabalhar para você. Não é obrigatório ter o diploma. O mesmo serve para clínicas de odonto, de dermatologia, de imagem, etc. Você tem que ter sangue de empreendedor na veia (ou aprender), e só. Se fizer Enfermagem (ou medicina), faça porque gosta, e não pelo $$, por maior que seja a remuneração. No final do dia quem ganha dinheiro mesmo é quem é dono do serviço, e para isso não precisa de diploma nenhum, só garra. O curso de Enfermagem é também bastante puxado (como é medicina, odonto, veterinária, etc). Serão horas e horas de sua vida que você vai ter que usar para estudar. As cargas horárias são intensas e será preciso fazer muitos estágios, projetos de pesquisa, congressos, etc. No papel o curso tem uma carga horária X, mas para ser um bom profissional nessas áreas você vai ter que usar muito mais tempo (estágios em hospitais, fora do país, etc). Esses cursos em geral são em período integral (os que valem à pena serem cursados, obviamente) e não será possível trabalhar muito durante os estudos. Não faça divida para estudar. Tente o tanto de vezes que for preciso. Se fosse fácil tava todo mundo dentro, é cruel. Se você fizer jus a algum tipo de cota, aproveite! Enfermagem é um curso bastante complexo. Para conseguir ir adiante você tem que gostar mesmo, não adianta. Não é todo mundo que gosta de cuidar dos outros, e não tem problema nenhum se você nao for um desses "anjos". Cada um na sua. Só que encarar esse tanto de desafios sem gostar da área não é uma coisa legal. Vai virar um profissional frustrado e vai se arrepender do tempo gasto.

      Se seu objetivo for ser contratado por um país estrangeiro sugiro fazer o ENEM e tentar uma vaga em uma universidade de Portugal. As chances de alguem que se formou no brasil ser contratado pelos Emirados Àrabes ou pela Inglaterra são próximas de zero! O diploma portugues vale em toda a Europa e é passaporte para conseguir trabalhar na inglaterra. Pode ser usp cara.. eles não estão nem aí para quem formou aqui. Algumas pessoas conseguem validar o diploma, mas é um caminho tão dificil que é melhor fazer outro curso!

      Os concursos para enfermagem são tão concorridos como qualquer outro das outras áreas (direito, adm). Pense se vale o perrengue. Os concursos mais fáceis são na area da medicina, só que com salários extremamente baixos, raramente são altos.

    2. O que eu faço então?

      Engenharia, o mercado está fraco. Medicina e Enfermagem, não é adequado. Administração, Contabilidade, são cursos fracos.

      Nenhum curso presta, assim fica difícil né?

      É melhor então cavar uma vala e enforcar-se, não pode, não deve fazer nada!

    3. Você colocou alguns motivos pelos quais seria interessante fazer Enfermagem. Eu apenas fiz um contraponto a partir do que sei dessas áreas. Espero na verdade poder dar um conselho desse lugar onde estou. Já passei por isso e sei bem como é. O que acho interessante é poder dar um toque a esse respeito, e acredito que um dia você até poderia ser grato por isso.

      Você disse que queria fazer Enfermagem para montar uma empresa/clínica. Eu disse que não precisa fazer Enfermagem para ser empresário. Eventualmente surgirão franquias onde não é preciso ser formado na área para ser dono (como algumas franquias de odontologia por exemplo).

      Pelo que você escreveu eu chuto que seu objetivo deve ser empreender, ser dono. Para isso não existe curso! O curso de Administração não ensina a ser dono de nada. O curso de Economia não ensina a ficar rico na bolsa, etc. Talvez o curso que dê uma base legal mais ampla é engenharia, especialmente se você fizer o curso sem pensar em ser engenheiro. As engenharias ensinam a resolver problemas, não importa de que área. É só ver que tem muito CEO que é engenheiro de formação e nunca assinou um projeto! Engenharia é um mercado cíclico, se você pensar que o Brasil pode tomar um rumo diferente a partir de agora talvez seja interessante entrar no curso de Engenharia agora. Daqui a 5 anos poderemos ter um cenário bem diferente, com mercado bombando, muitas obras, economia do país no topo. Se isso acontecer é bom já ter o diploma!

      E a área de Engenharia é mais tranquila de conseguir imigrar, pois as barreiras de entrada (conselhos de classe, registro, etc) é um pouco menor que nas áreas da saúde.

      Não sei a diferença entre as áreas da Engenharia, se tanto faz qual tipo. Sei que mesmo o povo que é fodão na matemática tira nota 2, nota 1,5 nas provas, valendo 10, heheh. Então isso vai contra aquele meu argumento que é bom ter alguma aptidão matemática! Já vi muito gênio do Ensino Médio reprovando várias vezes em cálculo.

      O caminho para você escolher uma profissão está mais ligado a você se conhecer e saber quais são suas aptidões e interesses!

      Tenha em mente que seja lá que curso você for fazer, tem que pensar lá na frente, daqui a 5-6 anos. Será que o PT volta pro governo? Será que o governo atual vai dar um jeito no Brasil? Essa é a pergunta de 1 bilhão de dólares: quem souber respondê-la não precisa nem jogar na loteria…

    4. Sinceramente, você fala no início que o curso de engenharia é estável, logo depois fala que um governo pode derrubar tudo! Se isso acontecer nenhuma profissão perdurará.

      Fulando diz que X carreira não presta, Cicrano diz que sim, mas y não. Beltrano diz que x e y são dinheiro e tempo jogado fora. No final das contas, curso nenhum é bom segundo seus padrões e o da maioria esmagadora dos blogs.

      Eu preciso fazer um curso superior, não vivo no encantado mundo da finansfera onde herdeiros e caras ricos se gabam de começar a própria empresa aos 18, 19, 20 anos, com a ajuda (ou herança) do papai. Concurso tá cada vez mais fraco e não faço a linha funcionário público!

      Já pensei em tanta coisa e minha cabeça já está explodindo porque nada serve, nada presta, nenhuma ideia minha é válida.

      Engenharia:
      "Ah, não vale a pena, as empresas não contratam como engenheiro e sim como analista, não paga o piso, mercado desacelerado, etc."

      Direito
      "Tem que ser de família de advogado…o governo vai acabar com os concursos"

      Medicina
      "Tem que ter amor a profissão (nunca vi médico nenhum demonstrar ter amor pela profissão)"…

      Outras Carreiras:
      "Só medicina vale, não tem mercado, é pedir pra passar fome"

      Sinceramente a carreira que eu mais me identifico é o suicídio, pois, nunca recebemos uma resposta interessante quando perguntamos sobre carreiras.

    5. E outra, geralmente quem reclama da faculdade é aquele cara classe-média que quer só baladinha no final de semana, namoro e acha que só o diploma fará algo na vida dele. Acha que o esforço acabou no vestibular.

      Eu tenho aversão à essa cultura brasileira da cervejinha, carnaval e churrasquinho, por isso que o país não vai para a frente.

      Vou fazer Administração de Empresas pois é o curso que eu mais me identifico, vou aprender a desconsiderar a opinião de outrem nas minhas escolhas.

      Ps: Em momento algum disse que iria fazer Administração para montar empresa ou Economia para ficar rico. Faculdade é para facilidade de estágios e networking.

    6. O suicído é apenas uma saída fácil. O problema é que não sabemos o que tem depois. Se você tiver uma visão materialista, aí não faz sentido nenhum (não acredita em vida após a morte, paraíso, etc). Dessa maneira só resta viver… Agora, se acredita que após a morte tem não sei quantas virgens te esperando no paraíso, faça as honras!

      Você tem razão: essa cultura da cervejinha e churrasco das faculdades não leva ninguem a lugar nenhum. Mas isso é uma escolha, não é preciso ir na do pessoal.

      Eu discordo dessa posição do governo de ser "contra" os alguns dos cursos de humanas. Mas eu concordo que uma pessoa de origem humilde não pode se dar ao luxo de fazer um curso superior contemplativo. Se o cara pobre teve a oportunidade de fazer um curso superior ele deve fazer de maneira a criar riqueza para que sua familia possa quebrar a maldição da pobreza. Se ele tem a possibilidade de estudar ele tem que dar o sangue para criar riqueza! E para isso nem sempre é necessário um curso superior.

      Se fizer um curso técnico e ficar fera em uma área qualquer (mecânica de carros por exemplo), vai ganhar muito mais $$ que muita gente com pós-doutorado. Pensa só, se o cara pobre começar a aprender mecânica na oficina do bairro por volta dos 13-14 anos de idade, em troca de fazer uma faxina e ganhar um lanche por exemplo. Quando ele tiver 18 anos ele pode usar as eventuais economias para pagar um curso de mecânica bom. Antes dos 22-23 anos ele já estará no mercado sendo capaz inclusive de aos poucos construir seu negócio próprio. Ele vai ter a chance de ajudar a família em uma posição bem melhor que o cara que fez algum curso superior qualquer em uniesquina pelo FIES. Um bom mecânico sempre será requisitado no mercado. Quando ele fizer fama de bom de serviço e os motoristas de taxi só procurarem ele, ele terá condições de ter um futuro muito melhor, sair da cadeia da pobreza.

      O diploma universitário é lindo, a formatura com aquela beca, jogar chapeuzinho, etc… O problema é que isso não enche barriga. E não tira ninguem da pobreza.

      É obrigação do pobre que conseguiu estudar tirar sua familia da pobreza. Não deixar os sobrinhos, primos, etc irem pro caminho da miséria.

      Depois olhe no youtube uns videos do Salim Mattar (dono da Localiza). Ele tem uns conselhos muito bacanas que servem para o pobre sair da pobreza. Ele conta uma história de quando pediu para o pai pagar aulas de piano para ele. Ele levou uma lição que foi o embrião para ele conseguir criar um Império.

      Acho que o curso de Administração deve ser bem interessante, mas o que eu mais vejo é administradores trabalhando como auxiliar administrativo o resto da vida (nada contra esse ofício). Não sei se é um curso que permite subir na vida (que é o que todo mundo quer no fim das contas). A barreira de entrada para as profissões onde é possível trabalhar com esse diploma é muito pequena. Talvez existam alguns nichos interessantes, como administração pública (se você seguir essa área, os salários são em média 15K e é bastante estável).

      Talvez um bom conselho seja pensar onde você quer estar daqui a 15-20 anos e pensar de trás para frente para ver qual vai ser o caminho melhor.

      Desculpe, esse papo é de anônimo para anônimo. Achei que poderia inspirar alguma coisa interessante em alguem desconhecido e ajudá-lo. Tipo lei da atração… Pode ser que você encontre alguma coisa interessante nisso que escrevi, sei lá. Em um mundo onde todo mundo está querendo ferrar todo mundo pode ser interessante alguma luz de um desconhecido qualquer. Às vezes a gente tá tão perdido na vida, né?

    7. Sim, eu já faço tanto isso, ficar imaginando o futuro! Mas, sinto-me extremamente perdido e as vezes doente já por ficar pensando demais.

      Sinceramente Medicina é o mais garantido, tenho potencial e vejo muito médico que nem trabalha em emergência, tem clinica própria e situação favorável – e nem é muito velho, no máximo 35 anos. O detalhe é que eles são bastante pragmáticos, ao contrário de vários professores que amam a profissão mas não sabem de nada. Uma pessoa pobre tem que olhar sim para o que enche o bolso de forma lícita.

      Direito tem vários concursos, incluindo os da área jurídica, só que esbarra no quesito imigração, para mim é o único que impossibilita isso.

      Engenharia…é o curso que todo mundo acha ideal para mim mas eu não gosto. A área que mais me identifico é a de mobilidade urbana e logística – totalmente dependentes do governo. Só a civil permitiria empreender a curto prazo, porém no ramo de casas que não é minha praia.

      Administração abre mais portas, justamente pelo abstracionismo, eu já fiz umas pesquisas, acredito que um intercâmbio (através de estágios no exterior) + idiomas úteis hoje em dia como árabe, alemão, chinês, hindi + boa oratória +:estágio desde o primeiro ano facilitaria mais.

      Depois de uma boa quantia junta eu pretenderia abrir meu negócio.

      Eu gosto muito da Medicina pois traz uma sensação de limpeza, higiene, trabalhar uniformizado, além da remuneração boa claro.

      Eu sou pobre, sonhos também não enchem barriga. É melhor ser pragmático e decidir o que é bom. A revalidação de diplomas no exterior não é tão DIFÍCIL – requer apenas uma boa quantia investida.

      Eu não pretendo morar o resto da vida neste país, o classe-média reclama de qualquer frescura, eu ja vivi as piores coisas de ser pobre em um país subdesenvolvido. Minhas críticas tem fundamento.

      Sim, o problema é quando os pais dos sobrinhos pequenos acham que estamos exagerando quando vamos incentivar algo.

      Meu objetivo é tirar uma nota bem alta nos vestibulares. Se conseguir medicina, estou dentro. Não posso perder tempo e juízo simulando 1000 opções diferentes e não seguir nenhuma.

    8. Eu tenho que entrar na universidade no próximo ano. Não tem como ninguém bancar cursinho para mim ou ficar estudando para concurso. É a única justificativa plausível para eu poder morar em outro lugar e tentar construir minha vida.

      Se ficar aqui tenho que arranjar subempregos para ajudar em casa aí não teria tempo mais para estudar para nada.

      Prefiro morrer a eternizar-se no fracasso.

    9. Nossa, vcs já entraram em uma longa discussão ai sobre carreira. Sinceramente estou longe de ser alguém que pode dar conselho de carreira já que odeio meu emprego e fosse iniciar hoje iria certamente empreender. A partir do momento que vc se dá conta que a única coisa que realmente importa é quanto dinheiro vc consegue, você vai se preocupar menos com carreira, com q vc gosta e com status e mais em correr atras do que realmente importa e poupar mais do que gasta.
      Curso superior está deixando de ser importante pois por um lado vc nunca estuda o bastante, se vc se forma vão querer um mestre, qdo for mestre vão querer um doutor, se for doutor, vao querer um phD e assim vai.
      Existe uma enorme gama de novos empregos ai em tecnologia que vc nao vai se formar para conseguir mas sim sendo um autodidata. O Google está contratando gente formada em High school/2ndo grau apenas mas que seja FERA em programação python, ruby, java e principalmente saiba se comunicar e trabalhar em equipe.
      Logo entraremos em uma era que currículo e educação superior serão secundários.
      Nõa tenho dicas nenhuma como vc pode ter lido, apenas sugiro focar no que realmente importa: Vc vai trabalhar para ter satisfação pessoal ou para ganhar dinheiro (não vale dizer os dois pois isto é para poucos)

  5. Parabéns pelo post aposentaos40!

    Nos EUA a maioria da população investe em ações através do 401K e de outros veículos de capitalização da previdência. Às vezes até mesmo sem saber o que estão fazendo..

    Acho que seria interessante fazer um post para dizer como é que funciona nos EUA. Esse modelo deve muito provavelmente ser implantado aqui no Brasil, então é bom já irmos nos acostumando. Sei que as penalizações quando do resgate antecipado são bem altas (% de imposto), como na nossa previdência privada. O que é interessante nesse veículo é a possibilidade de receber os dividendos tax free até o dia da apostentadoria, sendo possível reinvestir 100% do que foi distribuído. Será que esse modelo vai dar certo aqui? Acho que daria certo apenas se fosse de maneira compulsória, como é o INSS. Se deixar o dinheiro na mão, vira vendaval. Acredito que nosso mercado de capitais não está tão desenvolvido assim a ponto de bancar a aposentadoria de todos os brasileiros. É preciso ter bastante conhecimento para investir por aqui, pois não adianta só saber fazer analise técnica e fundamentalista, também precisa saber fazer análise política, sociocultural, etc. É bem mais complexo e ainda temos instituições bem frágeis (vide Joesley Day).

    1. Boa sugestão. Primeiro preciso estudar como funciona no Brasil pois sinceramente é uma das poucas coisas sobre finanças que nunca me interessei em pesquisar a fundo, os PGBL, VGBLs da vida. Abcs

  6. Não tem como julgar os outros com base na sua/nossa percepção do que é correto. Cada um escolhe o que acha melhor para si. Eles podem olhar para quem investe e dizer "ora, que bobalhões", privam-se de viver o momento para guardar $ para um futuro que nem sabem se vai existir".
    Aliás, eu gostaria muito de fazer parte desse povo que tá cagando e andando para o futuro, mas por algum motivo não consigo me desprender do ciclo composto por receber, economizar, poupar, investir, reinvestir e fico me pensando quem realmente está fazendo parte da famigerada corrida dos ratos.

    1. Voce gostaria agora, mas quando estiver com 60 anos, sem conseguir emprego e sem dinheiro guardado vai estar agradecendo ao seu espírito frugal e planejador por ter sido daqueles "bobalhões" como nós que pensamos no futuro. Abcs

  7. AA40,

    8% de investidores e desse número tão baixo, 88% investem em poupança. Isso mostra ainda mais a importância de blogs dedicados ao tema, pois muitas pessoas – talvez a maioria – simplesmente desconhecem outros tipos de investimento, até por ser um assunto considerado tabu no Brasil. Quem sabe algum dia essa situação mude.

    Boa semana!

  8. 88% deixa o dinheiro na poupança, os blogs de finanças e investimentos ainda tem um longo caminho pela frente para fazer com mais pessoas invistam em investimentos mais rentáveis.

    Todos os meses estou fazendo um post sobre as melhores postagens dos blogs de finanças e investimentos. Este mês o seu post foi um dos escolhidos.

    Abraço e bons investimentos.

  9. O brasileiro em geral sempre teve preguiça de ler e prefere se informar pelos outros que em sua maioria querem lucrar em cima da ignorância. A desinformação, o medo de investir em outros produtos financeiros e a atuação de agentes financeiros (bancos) geram uma massa de pessoas desenformadas e desinteressadas que pensam em adiantar sonhos com empréstimos, consumir sem necessidade e poupar em investimentos que perdem para inflação. Mas ao mesmo tempo vemos que a comunidade que está despertando financeiramente está aumentando, mas ainda é pequena.

  10. AA40,

    Descobri seu blog há pouco tempo, gostei muito, parabéns pelo conteúdo de excelente qualidade!
    Meu caro, gostaria de uma opinião sua sobre um dilema, sobre o que vc faria no meu lugar. Apenas uma opinião, pois sei que a decisão é individual e inteiramente de minha responsabilidade. Não tem pra onde correr.
    O meu dilema é o seguinte: tenho 29 anos, 200k aportados divididos entre diversos títulos do Tesouro, LCI, LCA, CDB's e Debênture. Sou servidor público concursado, com renda bruta de 6k, solteiro e sem filhos, taxa de poupança média entre 48 a 51%. No entanto, não me vejo nessa vida de escritório no setor público o resto da vida, na verdade o ambiente aqui é um tédio e vir trabalhar toda manhã é um martírio. Eu sempre tive vontade de empreender um pequeno negócio próprio. Já estudei bastante o ramo, fiz até plano de negócios, projeções de fluxo de caixa, custo dos produtos, margem de contribuição, pesquisa de mercado etc, que na verdade é referente a uma franquia. Porém, meu grande dilema é que essa franquia custaria R$ 150k, uma boa parte do capital que tenho acumulado. Vc no meu lugar teria coragem de avançar para o projeto da franquia ainda assim? Eu tenho a possibilidade de tirar licença não remunerada por 2 anos e voltar pro atual trabalho na pior das hipóteses.

    1. Nossa, pergunta extremamente difícil e pessoal esta anon. Falando por mim, se não vejo perspectivas de ser feliz no meu trabalho e ainda muito novo como vc eu arriscaria mas tlvz não usaria todo meu capital para isto. Como MEI e microempresário existem linhas de crédito com juros muito baixos por parte do governo e bancos públicos para usar no seu negócio.
      Sempre fui da opinião que jamais se deve misturar finanças pessoais com da empresa então separe as coisas, financie seu negócio LTDA a taxas boas abaixo CDI e vá em frente. Em dois anos saberá se fez um bom negócio ou não e poderá declarar falencia e voltar ao emprego anterior coisa que poucos podem ou tocar um grande negócio. Facil falar e dificil fazer eu sei mas dá uma olhada no site do frugal simple ai no roll que ele fez algo assim. Abcs

  11. Muito obrigado AA40! Sei que é uma situação muito pessoal mesmo.

    Os 150K seria para empresa mesmo. Neste montante já está incluído o capital de giro e taxa da franquia. Os 50k que restariam seriam de reserva pessoal mesmo, 15 mil seriam minha reserva pessoal pra cobrir gastos mensais nos 12 primeiros meses do negócio e os outros 35k permaneceriam investidos em RF como reserva pessoal.
    A questão do financiamento que vc citou poderia ser bem interessante, o que pega é que ela só está disponível pra MEI, meu negócio só poderia ser aberto pelo SIMPLES. Neste caso, o custo do capital seria altíssimo, por isso penso em investir 100% com capital próprio mesmo. Enfim, decisão difícil, mas muito obrigado pela opinião!

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